Segundo especialistas, varejo, logística, construção civil, manufatura e comunicação se destacam entre os demais segmentos, pois promovem uma verdadeira revolução em seus processos com o uso da tecnologia
São Paulo, março de 2024 – Até pouco tempo atrás, importantes segmentos da economia como varejo, logística, construção civil, manufatura e comunicação eram pautados predominantemente por métodos convencionais e trabalhos manuais. Mas com o avanço da Inteligência Artificial (IA), esses setores começam a se destacar, pois passam por uma verdadeira revolução impulsionada pela tecnologia, agregando eficiência, precisão e um toque de inovação. Essa análise é compartilhada por Diego Barreto e Sandor Caetano, autores de “O Cientista e o Executivo – Como o iFood utilizou a inteligência artificial para redefinir processos, criar vantagem competitiva e se tornar um case mundial de sucesso,” pela editora Gente.
Crédito: Canva
Diego Barreto, Vice-Presidente de Finanças e Estratégia do iFood, e Sandor Caetano, Chief Executive Officer do PicPay, estão entre os principais especialistas em IA do país. No livro, eles relatam a jornada do iFood, que passou de empresa dona de aplicativo para uma potência de IA. Com base em suas experiências pessoais e em cases do iFood ocorridos entre 2018 e 2023, os autores apresentam uma história real de inovação, com erros e acertos. Nesse período, Diego Barreto já ocupava o cargo de VP da foodtech e Sandor Caetano, VP de IA na companhia.
De acordo com um estudo realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), da Unesco, 22% das empresas de pequeno porte e 39% das grandes companhias já incluíram a inteligência artificial em suas operações, resultando em uma variedade de vantagens que abrange desde a otimização de procedimentos até a criação de estratégias mais eficazes. Na análise de Diego Barreto e Sandor Caetano, no varejo, por exemplo, o principal benefício da IA é a personalização da experiência do cliente. Já na construção civil, o maior ganho está na agilidade dos processos. Mesmo à frente dos demais, os cinco segmentos eleitos pelos especialistas também enfrentam desafios como dificuldade de encontrar profissionais especializados em IA e resistência à mudança organizacional que a tecnologia trás. A seguir, como a IA está transformando alguns dos principais setores da economia brasileira.
Varejo personaliza a experiência do cliente
A utilização da IA promete revolucionar a personalização da experiência do cliente, enquanto a capacidade singular da IA generativa para estimular a criatividade redefine a dinâmica na interação entre cliente e estabelecimento. “A Amazon é um exemplo notável de como a Inteligência Artificial é usada para personalização. Eles aplicam algoritmos de IA para oferecer recomendações personalizadas, o que transforma a experiência de compra, fornecendo aos usuários sugestões precisas e relevantes. Essa tecnologia utiliza dados do histórico de navegação e compras dos usuários para compreender suas preferências e comportamentos, resultando em recomendações personalizadas”, explica Diego Barreto.
Logística otimiza itinerários e ganha tempo
No contexto da gestão logística e da cadeia de suprimentos, a Inteligência Artificial surge como uma aliada estratégica, representando a mudança de uma abordagem convencional para uma totalmente baseada em IA. Através da análise de dados abrangentes, essa tecnologia otimiza itinerários de entrega, executa o controle preciso de inventários e prevê necessidades futuras, elevando o apelo das transações digitais.
“A UPS, uma empresa líder em logística global, está utilizando soluções de Inteligência Artificial em seu sistema chamado ORION (On-Road Integrated Optimization and Navigation) para otimizar as rotas de entrega diárias. Essa tecnologia analisa uma vasta gama de variáveis, como tráfego, condições meteorológicas e detalhes específicos de cada pacote a ser entregue, a fim de determinar a rota mais eficiente possível. Esse processo não apenas reduz consideravelmente o tempo e os custos de entrega, mas também contribui para a sustentabilidade ao diminuir as emissões de carbono dos veículos de entrega”, esclarece Sandor Caetano.
Construção civil acelera processos e reduz custos
Na construção civil, historicamente dependente de processos manuais, a IA impulsiona a inovação. A capacidade de gerar projetos arquitetônicos rapidamente, considerando inúmeros cenários, revoluciona a concepção e a execução de planos. A IA viabiliza a escolha eficiente de soluções, promovendo eficiência construtiva e redução de custos.
“A IA pode ser aplicada para otimizar sistemas complexos. Na construção, tecnologias semelhantes podem melhorar o uso de recursos, a logística de materiais e a gestão de resíduos, e ainda redefinem o design arquitetônico por meio de simulações que levam em conta fatores climáticos, estruturais e de uso do espaço”, enfatiza Diego Barreto.
Manufatura corrige falhas em tempo real
Na era da Indústria 4.0, a fabricação inteligente experimenta a fusão da IA, reconfigurando os ambientes industriais. A habilidade de analisar grandes volumes de dados instantaneamente melhora os procedimentos, detecta falhas e ajusta máquinas de forma automática, impulsionando a criação de fábricas inteligentes e o avanço nos sistemas de produção.
“A Siemens é líder na integração da Inteligência Artificial na indústria de manufatura. A empresa desenvolveu um sistema chamado Manufatura Autônoma, que emprega IA e aprendizado de máquina para supervisionar e ajustar os processos de produção em tempo real. Isso significa que o sistema pode detectar rapidamente problemas em equipamentos, como falhas, e fazer correções automaticamente. Além disso, ele é capaz de otimizar o uso de energia e materiais durante a produção e até mesmo adaptar-se para fabricar produtos personalizados em massa. A adoção dessas tecnologias não só melhora a eficiência e a qualidade da produção, mas também oferece maior flexibilidade para atender às demandas de produtos personalizados.”, exemplifica Sandor Caetano.
Mídia e comunicação ganham em criatividade
A revolução na produção de mídia e comunicação é liderada pela IA, que gera conteúdo de forma eficiente, reduzindo custos e tempo. Isso possibilita que criadores independentes nas redes sociais elevem sua capacidade criativa, alcançando novos níveis de originalidade e engajamento.
“Profissionais como jornalistas e criadores de conteúdo estão incorporando essa tecnologia em suas práticas, utilizando-a para criar artigos, desenvolver conteúdo criativo, e até mesmo compor música e redigir roteiros. Essa integração não apenas reduz o tempo de produção, mas também proporciona novas oportunidades para expressar a criatividade. A capacidade da GPT-3 de gerar textos praticamente indistinguíveis dos produzidos por humanos promove uma produção de conteúdo mais eficaz e inovadora”, destaca Diego Barreto.
Sobre Diego Barreto – Diego Barreto é Vice-Presidente de Finanças e Estratégia do iFood e professor de estratégia, negócios digitais e Nova Economia. É mestre em administração pelo International Institute for Management Development (IMD Business School), com passagens acadêmicas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e Fundação Instituto de Administração (FIA). Atua como mentor da Endeavor e da 500 Startups (Vale do Silício) e é TOP Voice no LinkedIn. É autor do livro NOVA ECONOMIA – Entenda por que o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro.
Sobre Sandor Caetano – Especialista em Inteligência artificial e Analytics, com mais de 16 anos de experiência no mercado, é atualmente Chief Data Officer do PicPay. Economista por formação pela Universidade de São Paulo e cientista por profissão, destacou-se por sua atuação em teoria dos jogos e econometria, prestando consultoria para diversas empresas do setor de bens de consumo e alimentos. Liderou as equipes de IA no Nubank e atuou como Chief Data Scientist e Vice-Presidente de Dados e IA no iFood.
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