Uso do FGTS para a compra da casa própria turbina a construção civil no Brasil

Cada vez mais brasileiros estão buscando financiamento para a compra da casa própria, principalmente com a ajuda do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O financiamento de imóveis chegou ao montante de R$ 250,7 bilhões no Brasil em 2023, crescimento de 4% sobre 2022, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O desempenho foi impulsionado pelos financiamentos com o uso do FGTS, que dispararam 59% em 2023. 

O valor total de empréstimos para a compra de imóveis no ano passado perde apenas para o número de 2021, quando a quantia foi de R$ 255 bilhões. Para 2024, a estimativa da Abecip é de um novo recorde, com cerca de R$ 259 bilhões, o que representaria um aumento de 3% em relação ao ano passado. Um dos motivos para esse otimismo é a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, que oferece juros mais baixos para a população de baixa renda comprar apartamentos econômicos. 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, o mercado imobiliário está aquecido desde o início da pandemia. E esta situação deve continuar neste ano.

“O ano de 2020, o primeiro da pandemia, foi um ano-chave para o setor imobiliário porque as pessoas ficaram mais tempo em casa e ressignificaram o valor do imóvel. A casa própria sempre foi muito importante para a família brasileira, mas eu diria que a partir da pandemia as famílias deram ainda mais atenção para o seu lar. Se a gente for lembrar bem, era o único lugar onde a gente se sentia seguro para tirar a nossa máscara. Então o mercado explodiu e 2020, 2021, 2022 e 2023 foram os quatro melhores anos da história do setor. A gente tem lançado e vendido um número recorde de unidades nesse período”, destaca Michel.

Vagas de emprego na construção civil

O aquecimento do mercado da construção civil também se reflete no número de vagas de trabalho no setor. “Durante a crise sanitária, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a construção civil saiu de um patamar de 1,95 milhão de trabalhadores com carteira assinada no país e para 2,75 milhões. Ou seja, nós agregamos somente no período da pandemia 800 mil novos trabalhadores no setor”, afirma o presidente do Sinduscon-MG.

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