A construção civil, historicamente dominada por homens, vive um novo capítulo em sua história. No Distrito Federal, a presença feminina no setor cresceu cerca de 52,3% entre 2012 e 2021, sinalizando uma mudança significativa não apenas em números, mas na própria cultura dos canteiros de obras. Essa transformação é impulsionada por mulheres que vêm ocupando posições estratégicas, liderando equipes e promovendo ambientes mais colaborativos e produtivos.
A engenheira de produção Camila Diniz é um exemplo claro dessa virada de chave. À frente da coordenação de produção de um dos maiores empreendimentos da Brasal Incorporações, o Auster, ela lidera mais de 250 profissionais, entre colaboradores diretos e terceirizados. Sua trajetória reflete o que tem sido cada vez mais comum: mulheres que sonham, se preparam e conquistam espaço em um setor em constante evolução.
“Sinto um enorme orgulho de ocupar esse espaço. Sempre sonhei em atuar no canteiro de obras, e conquistar meu lugar é muito gratificante”, afirma Camila. Ela reconhece que os desafios existem, mas reforça que o crescimento profissional vem da dedicação, da busca por conhecimento e do incentivo a outras mulheres a trilharem o mesmo caminho.
O impacto da presença feminina vai além do aspecto técnico. A diversidade nas obras tem promovido uma nova dinâmica de trabalho, com mais empatia, escuta ativa e colaboração entre as equipes. “As mulheres contribuem para um ambiente mais saudável e produtivo, o que se reflete diretamente na qualidade dos resultados entregues”, destaca a engenheira.
A Brasal Incorporações tem acompanhado de perto essa evolução. Em Brasília, a equipe de engenharia da empresa conta hoje com 76 mulheres em posições como assistentes, engenheiras de qualidade, engenheiras de produção e gestoras de obra. Um crescimento de 105% em relação ao final de 2024 — um reflexo claro do compromisso da empresa com a diversidade e a inclusão.
O futuro da construção civil é, sem dúvida, mais plural. O aumento do número de mulheres atuando em diferentes frentes do setor é uma resposta à quebra de estereótipos e à valorização da competência, independentemente do gênero. A presença feminina, cada vez mais forte, promete enriquecer ainda mais um setor essencial para o desenvolvimento das cidades.
Para quem deseja ingressar nessa área, Camila deixa um conselho direto: “Acreditem no seu potencial e busquem sempre se profissionalizar. O setor é dinâmico e cheio de oportunidades, e o que realmente importa é o comprometimento com a excelência. O mercado está mais aberto e acolhedor para mulheres determinadas e preparadas”.
A mudança já começou. E ela tem voz, nome, capacete e salto firme no chão das obras.