Brasília, 5 de agosto de 2025 – Por Assessoria de Comunicação da Asbraco
A geração de empregos formais no Brasil manteve saldo positivo em junho, mas com ritmo mais lento, especialmente nos setores de construção civil e serviços. A avaliação é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Foram criadas 166.621 vagas com carteira assinada no mês, número abaixo da mediana das estimativas de mercado. Em comparação com junho de 2024, o saldo representa uma queda de 19,2%. No setor da construção civil, o recuo foi ainda mais expressivo: a abertura de postos de trabalho formais caiu 49,8%. Já o setor de serviços teve queda de 38% na geração de empregos.
Mesmo no acumulado do primeiro semestre de 2025, a construção civil apresenta retração de 12% no saldo de vagas, enquanto o setor de serviços registra recuo de 10,7%. Segundo a FGV Ibre, o sinal de desaceleração, antes percebido somente nos serviços, agora atinge de forma mais ampla outros setores da economia.
Apesar da perda de ritmo, o cenário para o segundo semestre ainda é visto com certa confiança. A continuidade da geração de empregos dependerá do comportamento da política fiscal e da conjuntura econômica internacional. A recente decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas adicionais em setores específicos pode gerar impactos pontuais, mas os efeitos tendem a ser limitados.
A construção civil, que historicamente funciona como um dos pilares da economia brasileira, merece atenção redobrada nesse momento. O acompanhamento constante de dados e políticas públicas será fundamental para garantir estabilidade e retomada do ritmo de crescimento no setor.