Nesta edição das “Palavra do Presidente”, Afonso Assad, presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), chama a atenção para um tema fundamental para o futuro da construção civil e da infraestrutura no Distrito Federal e no Brasil: a importância de processos licitatórios responsáveis, capazes de garantir obras de qualidade, seguras e com verdadeira contribuição ao desenvolvimento das cidades.
As licitações públicas são instrumentos essenciais para democratizar o acesso às oportunidades e assegurar a correta aplicação dos recursos públicos. No entanto, quando conduzidas de forma inadequada, podem gerar efeitos nocivos, como propostas com descontos excessivos ou valores inexequíveis, que comprometem a execução das obras, colocam em risco a qualidade dos serviços e prejudicam a sociedade que deveria ser a maior beneficiada.
Defendemos que o devido processo licitatório deve equilibrar a busca pela economicidade com a viabilidade técnica e financeira. É preciso estabelecer critérios claros, que valorizem não apenas o menor preço, mas também a capacidade técnica das empresas, o cumprimento das normas de qualidade.
Ao zelar pela transparência e pelo rigor dos editais, evitamos práticas que desestimulam a boa concorrência e comprometem a entrega de obras essenciais para a população. Mais do que contratar pelo preço, é necessário contratar pelo valor agregado — pela segurança, durabilidade e impacto positivo que cada obra pode trazer.
Como presidente da Asbraco, reafirmo nosso compromisso em colaborar com o poder público na construção de processos licitatórios cada vez mais justos e eficientes, capazes de fortalecer empresas sérias, assegurar a qualidade das obras e, sobretudo, atender às verdadeiras necessidades da sociedade.