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Author name: Assessoria de Comunicação Asbraco

Desperdício na Construção Civil Alcança 40% e Aumenta Impactos Ambientais: Digitalização e ESG Trazem Soluções

A construção civil no Brasil enfrenta um problema crônico de desperdício, que pode chegar a 40%, comprometendo tanto os custos das obras quanto o meio ambiente. Segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), do IBGE, o setor utiliza, em média, 8% mais material do que o necessário, com casos extremos de perdas de até 80% em insumos como massa fina e mais de 25% em materiais como tinta e tijolos. Além dos resíduos visíveis, como restos de concreto e tijolos, o uso ineficiente de recursos, falhas no planejamento e má gestão da mão de obra agravam a situação. Esses desperdícios, além de encarecerem os projetos, aumentam a pressão sobre os recursos naturais, contribuindo para a degradação ambiental e comprometendo a sustentabilidade do setor. Contudo, novas práticas vêm sendo adotadas para combater essas perdas. A integração de estratégias ESG (Ambiental, Social e Governança) e o uso de tecnologias digitais têm se mostrado soluções promissoras. O uso de plataformas digitais permite um controle mais preciso dos materiais e da execução das obras, reduzindo o desperdício para até 5%. Além disso, práticas sustentáveis, como o uso de materiais reciclados e o reaproveitamento de água da chuva, ajudam a tornar as operações mais eficientes. A gestão de resíduos também desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que empresas adotem políticas mais responsáveis. No campo social, iniciativas voltadas à capacitação e inclusão de trabalhadores melhoram a produtividade, enquanto a governança transparente e alinhada a normas éticas fortalece a credibilidade do setor. Um exemplo notável é o da Mobuss Soluções Tecnológicas, uma empresa de Blumenau que oferece ferramentas digitais para o gerenciamento de obras. Desde sua implementação, empresas como a GPL Incorporadora conseguiram reduzir em 99% o uso de papel em suas operações, além de cortar em 90% a terceirização de vistorias e diminuir em 70% o tempo de resposta para resolver demandas. Com a adoção de soluções como essas, a construção civil brasileira dá passos importantes rumo à sustentabilidade, mostrando que a tecnologia e as boas práticas podem transformar a realidade de um setor historicamente marcado por grandes desperdícios.

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Transformação na Mobilidade: Nova Epig Recebe Investimento de R$ 160 Milhões para Melhorar Transporte no DF

 Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília O Governo do Distrito Federal (GDF) está realizando uma grande obra de mobilidade urbana que promete revolucionar o tráfego da capital. Com um investimento de mais de R$ 160 milhões, a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) está sendo transformada em um moderno corredor viário, equipado com ciclovias, pavimento rígido e viadutos que eliminarão semáforos. A meta é melhorar o trânsito para cerca de 30 mil motoristas e reduzir o tempo de deslocamento do transporte coletivo em até 25 minutos. A obra, dividida em seis etapas, inclui a criação de uma faixa exclusiva para ônibus, além de três novos viadutos, melhorias no pavimento e a eliminação de semáforos, tudo para garantir mais fluidez no trânsito. O projeto também prevê a construção de passagens subterrâneas para pedestres e ciclovias, melhorando o acesso e a segurança nas vias. Moradores como José Augusto Maciel, que vive no Cruzeiro há mais de uma década, já sentem os benefícios da intervenção. “A obra está excelente, já noto o trânsito melhorando”, afirma ele. O comerciante Hélio Pessoa, que trabalha há anos na região, complementa: “Com o novo pavimento em concreto, a fluidez vai melhorar e acabar com as ondulações que quebravam os carros”. Com mais de 1,2 mil empregos gerados, a expectativa é que a obra impacte positivamente tanto a mobilidade quanto a economia local. Ao final da construção, o Corredor Eixo Oeste, que conectará o Sol Nascente ao Plano Piloto, será um dos grandes legados da infraestrutura urbana, priorizando o transporte público e aliviando o congestionamento nas principais vias da cidade. Este ambicioso projeto reafirma o compromisso do GDF em melhorar a qualidade de vida dos habitantes do Distrito Federal.

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Transforme sua Presença Online com Sites Modernos e Funcionais

Está procurando uma maneira de destacar sua empresa ou projeto na internet? Oferecemos serviços completos de desenvolvimento de sites, personalizados para atender às suas necessidades específicas. Com foco em design responsivo, funcionalidade otimizada e experiência do usuário (UX), garantimos que seu site seja uma poderosa ferramenta de comunicação e atração de clientes. O que oferecemos: Sites Institucionais: Mostre sua marca de forma profissional e atraente.Lojas Virtuais (e-commerce): Venda seus produtos online com segurança e facilidade.Blogs e Portais de Conteúdo: Conquiste seu público com um site de conteúdo dinâmico e bem estruturado.Portfólios Online: Exponha seus trabalhos e conquiste mais oportunidades.Sistemas Personalizados: Desenvolvemos funcionalidades sob medida para o seu negócio.

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Atividade da indústria da construção segueelevada

Em agosto de 2024, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que é uma avaliação dos empresários de quanto de pessoal, máquinas e equipamentos foram utilizados no mês, em relação ao total disponível, manteve-se em patamar elevado, enquanto os índices de evolução do nível de atividade e do emprego registraram valores muito acima do usual para o mês. Tomados conjuntamente, os índices mostram que a avaliação dos empresários, de uma forma geral, é de um desempenho favorável de suas empresas no mês. Atividade da indústria da construção segue elevada ISSN 2317-7322 • Ano 15 • Número 8 • Agosto 2024 SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Nesse contexto, impulsionado por uma avaliação menos negativa da economia brasileira, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção registrou alta significativa em setembro de 2024, mostrando otimismo mais elevado e disseminado entre os empresários. A confiança segue contida pela avaliação ainda negativa das condições atuais, mas a avaliação se tornou menos negativa e as perspectivas, mais positivas. Isso se verifica especialmente nos indicadores mais ligados à atividade futura do setor: os índices de expectativa de nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços mostraram alta em setembro. Em setembro de 2024, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção aumentou 2,0 pontos, para 53,3 pontos. A expressiva alta mensal afasta o ICEI da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança, em direção a sua média histórica, de 53,8 pontos. Assim, o ICEI mostra que a confiança está mais intensa e disseminada entre os empresários da construção, mas, ainda assim, segue relativamente moderada. Todos os componentes que formam o ICEI dos empresários da construção aumentaram na passagem de agosto para setembro de 2024. A melhora da avaliação da economia brasileira é a principal responsável pela alta da confiança: tanto a avaliação das condições atuais quanto as expectativas da economia brasileira se tornaram menos negativas. Confiança aumenta em setembro O índice de Condições Atuais, que mensura a percepção dos empresários acerca das condições correntes da economia brasileira e da empresa, subiu de 47,4 pontos para 48,8 pontos. Apesar da alta, o índice segue abaixo da linha divisória, o que revela que os empresários percebem uma situação atual pior que a dos últimos seis meses. Destaca-se que a avaliação com relação às condições atuais da empresa é positiva (índice de 51,3 pontos), enquanto a avaliação da economia brasileira segue negativa, apesar da alta do índice (índice de 43,8 pontos). O índice de Expectativa, que mede as perspectivas dos empresários acerca da própria empresa e da economia brasileira para os próximos seis meses, subiu de 53,3 pontos para 55,5 pontos em setembro. Com a alta, o índice se afasta da linha divisória, o que revela maior otimismo dos empresários. Destaca-se que a avaliação com relação às expectativas da empresa é positiva (índice de 58,9 pontos), enquanto a avaliação da economia brasileira, apesar da melhora, também segue negativa (índice de 48,7 pontos). Entre os setores, houve alta da confiança dos empresários de Construção de edifícios (o ICEI do setor alcançou 53,1 pontos) e de Obras de infraestrutura (55,1 pontos). O ICEI de Serviços especializados, por sua vez, recuou de 50,9 pontos para 49,9 pontos

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NOVACAP celebra 68 anos de dedicação ao crescimento e modernização de Brasília

Neste mês, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NOVACAP) comemora 68 anos de fundação, reafirmando sua importância para o desenvolvimento contínuo de Brasília. Criada em 1956, a NOVACAP foi peça-chave na construção da nova capital, sob o comando de Juscelino Kubitschek, e continua desempenhando um papel central no planejamento e manutenção da cidade. A história da NOVACAP está intrinsecamente ligada ao crescimento e à inovação urbana de Brasília. Desde a concepção arquitetônica de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, até a execução rápida e eficiente das obras que deram vida à cidade, a empresa mostrou-se pioneira e visionária, cumprindo sua missão de erguer uma capital moderna, símbolo do progresso do Brasil. Ao longo dessas quase sete décadas, a NOVACAP não apenas construiu marcos arquitetônicos, como também liderou projetos de infraestrutura, revitalização e sustentabilidade que garantem a qualidade de vida dos moradores da cidade. O compromisso com a preservação do urbanismo planejado e a constante adaptação aos desafios contemporâneos, como a sustentabilidade e o crescimento urbano, são marcos do trabalho da companhia. À medida que Brasília avança em sua jornada como centro político e cultural do país, a NOVACAP se mantém firme em sua missão de assegurar que a cidade continue a ser uma referência mundial em planejamento urbano e qualidade de vida. Com 68 anos de conquistas, a empresa olha para o futuro com a mesma visão inovadora que a caracterizou desde o início. Parabéns, NOVACAP, pelos 68 anos de história e dedicação ao desenvolvimento de Brasília! Que muitos outros anos de sucesso venham pela frente!

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Custo da Construção Civil: Metro Quadrado Chega a R$ 1.767,09 em Agosto

12/09/2024 | 09:20 – O valor do metro quadrado da construção civil no Brasil atingiu R$ 1.767,09 em agosto de 2024, conforme divulgado pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal. Esse valor reflete a soma de R$ 1.014,31 em materiais de construção e R$ 752,78 referentes à mão de obra. Em agosto, a variação mensal foi de 0,63%, a maior taxa registrada desde 2022, superando o índice de julho (0,40%) e o de agosto de 2023 (0,18%). Nos últimos 12 meses, o INCC acumula alta de 3,12%, acima dos 2,66% registrados no mesmo período anterior. Materiais e Mão de Obra em Alta Os materiais de construção tiveram um aumento de 0,50% em agosto, representando uma alta significativa em comparação a julho (0,30%) e a agosto de 2023, quando houve queda de 0,14%. Já a mão de obra registrou variação de 0,81%, impulsionada por dois acordos coletivos firmados durante o mês, um aumento de 0,28 ponto percentual em relação ao mês anterior. Nos últimos 12 meses, os materiais acumulam alta de 1,41%, enquanto a mão de obra teve uma variação mais expressiva, acumulando 5,53%. Variações Regionais A região Sul foi destaque, com a maior variação no custo por metro quadrado, de 1,82%, seguida pelo Sudeste (0,58%) e Norte (0,41%). No Paraná, a alta foi de 2,84%, refletindo o impacto dos aumentos salariais das categorias profissionais locais. Os custos da construção civil são fundamentais para o setor, e além do INCC, índices como o Custo Unitário Básico (CUB) e o INCC-M, da Fundação Getúlio Vargas, complementam as análises, fornecendo dados essenciais para a elaboração de orçamentos e a precificação de projetos. Esses indicadores são essenciais para construtoras e investidores, que dependem de estimativas precisas para garantir a viabilidade financeira dos empreendimentos e ajustar seus planos de negócios frente à volatilidade dos preços no setor.

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Encontro com Secretários e Executivos Discute investimentos no DF

Na noite desta quarta-feira (11), a Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco) organizou um evento que reuniu importantes autoridades, incluindo secretários de estado e presidentes de estatais, para discutir o futuro dos investimentos no Distrito Federal. O destaque da noite foi a apresentação feita pelo secretário de Governo, José Humberto, que detalhou os planos do Poder Executivo para impulsionar obras estruturantes na região. De acordo com o secretário, o Governo do Distrito Federal (GDF) planeja investir cerca de R$ 7 bilhões em novas obras até o fim da atual gestão, totalizando aproximadamente R$ 15 bilhões em investimentos desde o início do mandato de Ibaneis Rocha. “Esses recursos serão aplicados nos próximos dois anos e meio, em projetos que vão desde a infraestrutura até serviços essenciais para as comunidades mais vulneráveis do DF”, destacou José Humberto. Afonso Assad, presidente da Asbraco, também ressaltou a importância desses investimentos para o setor da construção civil. “Os números apresentados são surpreendentes e demonstram o compromisso do governo em fomentar o crescimento das empresas e a geração de empregos. A transparência na divulgação desses dados é fundamental para fortalecer a confiança no setor e garantir um ambiente de negócios estável”, afirmou. Entre os principais projetos mencionados, está a construção do BRT Norte, uma obra de R$ 1,5 bilhão que ligará o Plano Piloto à cidade de Planaltina. “Esse projeto é essencial para melhorar a mobilidade urbana e impactar diretamente a qualidade de vida de quem vive na região Norte, proporcionando maior acesso ao transporte público”, afirmou o secretário.Além do BRT Norte, o secretário de Governo destacou que os recursos serão direcionados para projetos de urbanização, incluindo a ampliação do fornecimento de água, energia elétrica, a construção de escolas, hospitais, unidades básicas de saúde (UBSs), restaurantes comunitários e terminais rodoviários. “Estamos focados em levar desenvolvimento para as áreas que mais precisam, garantindo que o crescimento do DF beneficie toda a população”, concluiu José Humberto. O evento reforçou o alinhamento entre o governo e o setor da construção civil, evidenciando a importância das parcerias público-privadas p

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Convite Oficial

Prezado(a) Associado(a) e Diretores , O Presidente da ASBRACO, Sr. Afonso Assad, tem a honra de convidar todos os associados e diretores que estão em dia com suas obrigações estatutárias para um importante encontro que contará com a participação de autoridades do Governo do Distrito Federal. Este evento será uma oportunidade única para fortalecer nosso setor junto às autoridades. Estarão presentes: Pedimos a gentileza de confirmar sua presença para que seu nome conste na lista de convidados, evitando assim qualquer desconforto na entrada. Agradecemos antecipadamente a participação de todos e contamos com a sua presença para fortalecer nosso setor! Somente para convidados lista na entrada Atenciosamente,Equipe ASBRACO

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Construsummit 2024: Impactos da Reforma Tributária na Construção Civil

No Construsummit 2024, um dos principais temas discutidos foi a reforma tributária e suas implicações no setor da construção civil. Considerada uma mudança significativa, a reforma foi abordada por representantes de importantes entidades setoriais, que debateram como essas alterações podem afetar o mercado imobiliário e a construção civil em geral. Durante o evento, José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, enfatizou a necessidade de reduzir custos diante de um cenário econômico desafiador, marcado pelo aumento dos preços de insumos e pela falta de mão de obra qualificada. Segundo ele, a reforma tributária, apesar de complexa, trará uma mudança crucial no processo produtivo do setor. Fernando Guedes, vice-presidente Jurídico da CBIC, explicou que a reforma se concentra na simplificação dos tributos sobre o consumo, substituindo cinco tributos atuais (PIS, COFINS, IPI, CMS e ISSQN) por três novos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo. Ele ressaltou que a adoção de uma nova lógica tributária, baseada na não-cumulatividade, representará uma mudança cultural significativa para as empresas do setor. Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, destacou as possíveis vantagens para a indústria de materiais de construção, como a equalização tributária entre a construção industrializada e a convencional. Além disso, mencionou a possibilidade de incluir materiais de construção no custo do bem de capital, isentando-os de IBS/CBS, o que pode incentivar a industrialização no setor. A perspectiva geral do setor, como apontado por Fabrício Schveitzer, conselheiro de Negócios da Softplan, é de que a reforma pode inicialmente aumentar a carga tributária. No entanto, ele acredita que, a longo prazo, a estrutura tributária mais organizada beneficiará o setor como um todo, embora os desafios da transição precisem ser cuidadosamente gerenciados. Por fim, Sandro Gamba, presidente da Abecip, discutiu como um ambiente mais previsível e eficiente pode facilitar o acesso ao crédito, fundamental para o crescimento do mercado imobiliário. Ele destacou que o mercado está em um momento de evolução, com novas estruturas de financiamento emergindo, o que pode impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor. O Construsummit 2024, portanto, serviu como um palco crucial para o debate sobre a reforma tributária e seus impactos, reforçando a necessidade de adaptação e planejamento estratégico para enfrentar as mudanças que estão por vir no setor da construção civil.

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Renovando o Passado: O Impacto do Retrofit nas Edificações Antigas

Em meio ao cenário urbano das grandes cidades brasileiras, é comum encontrar edifícios históricos e, muitas vezes, abandonados. Estes imóveis, que poderiam representar uma valiosa parte da memória arquitetônica das cidades, frequentemente permanecem subutilizados ou até mesmo deteriorados. No entanto, a solução para esse problema pode estar na prática do retrofit, uma abordagem que visa modernizar e atualizar edifícios antigos para atender às necessidades contemporâneas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, entre 2014 e 2017, a prefeitura registrou 779 imóveis ociosos. Este número é particularmente alarmante quando se considera o déficit habitacional da cidade, que atualmente ultrapassa 350 mil novas moradias. Muitos desses edifícios, por falta de manutenção, não estão imediatamente prontos para ocupação. Aí entra o conceito de retrofit: a modernização e adaptação de estruturas antigas à realidade atual, conforme explica o arquiteto Flavio Cunha, diretor do SET Arquitetura e Construções. “Para realizar um retrofit, é essencial uma análise minuciosa da estabilidade das estruturas e um planejamento financeiro rigoroso. Em alguns casos, as alterações necessárias podem tornar o projeto inviável economicamente”, afirma Cunha. O retrofit não se limita apenas à atualização das instalações elétricas e hidráulicas, mas também envolve a adaptação do edifício às tecnologias modernas. Muitas edificações antigas não possuem a infraestrutura necessária para suportar equipamentos como internet de alta velocidade, sistemas de automação, ou mesmo câmeras de segurança. Desafios e Soluções no Processo de Retrofit O processo de retrofit enfrenta uma série de desafios. Um dos principais é a adequação das infraestruturas elétrica e hidráulica. “As construções antigas frequentemente não são compatíveis com as exigências atuais”, explica Cunha. A modernização dos quadros elétricos e a substituição de fios e tubulações são passos cruciais, especialmente considerando que muitos edifícios antigos utilizam materiais que podem ser perigosos, como fios revestidos de tecido e tubulações metálicas. A análise das instalações hidráulicas também é vital. Muitos prédios antigos foram construídos com prumadas de ferro, que são suscetíveis à corrosão e podem causar vazamentos. Para evitar problemas, é recomendada a substituição dessas prumadas por tubos de materiais mais resistentes, como o PPR (Polipropileno Copolímero Random) ou PVC. Além disso, a preservação dos acabamentos originais é um aspecto frequentemente negligenciado. É comum que os materiais utilizados em edifícios antigos não estejam mais disponíveis ou sejam extremamente caros. “Antes de fazer qualquer demolição, é fundamental uma análise detalhada para tentar preservar e reutilizar os acabamentos originais sempre que possível”, sugere Cunha. Em alguns casos, pode ser necessário contratar especialistas para manter as características autênticas do edifício. Exemplos de Sucesso no Retrofit O retrofit não é apenas uma questão técnica; também envolve uma visão criativa para manter e valorizar o caráter arquitetônico dos edifícios. Um exemplo notável é o trabalho realizado no edifício Paço de Coimbra, na zona central de São Paulo, projetado pela arquiteta Sylvana Billia e executado pelo SET Arquitetura e Construções. O projeto buscou modernizar a segurança do edifício sem alterar sua estética original. Billia utilizou gradis e portões que seguem a mesma linguagem do fechamento original, respeitando a arquitetura histórica do prédio. Conclusão O retrofit representa uma solução inovadora e sustentável para a revitalização de edificações antigas, oferecendo uma alternativa viável ao abandono e à deterioração. Ao atualizar as estruturas para atender às necessidades contemporâneas e preservar o valor histórico dos imóveis, o retrofit contribui para a revitalização urbana e para a preservação do patrimônio cultural. A abordagem cuidadosa e a atenção aos detalhes são fundamentais para garantir que esses projetos não apenas modernizem, mas também respeitem e valorizem o passado arquitetônico das cidades.

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