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Nova Tributação sobre Consumo: Entenda as Mudanças que Chegam ao Brasil em 2026

O Brasil deu um passo histórico na reforma do sistema tributário com a sanção da Lei Complementar 214, nesta quinta-feira (16). A nova legislação, que entra em vigor a partir de 2026, traz mudanças significativas na forma de cobrança de impostos sobre o consumo, com o objetivo de simplificar o sistema atual e promover justiça fiscal. A lei é resultado do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro, e prevê a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em um modelo dual, além de outras medidas que impactarão setores estratégicos da economia. O que muda com o IVA dual? A principal inovação da reforma é a criação do IVA dual, que será dividido em duas categorias: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), destinado a estados e municípios, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal. Juntos, eles substituirão cinco tributos atuais: ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. O IVA tem como característica incidir apenas sobre o valor agregado em cada etapa da produção, evitando a cumulatividade de impostos que encarece produtos e serviços ao longo da cadeia produtiva. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, presente na cerimônia de sanção da lei, o novo sistema é “mais simplificado, equilibrado e justo”, além de combater a guerra fiscal entre os estados. A expectativa é que a reforma impulsione um crescimento econômico de 10% a 15% nos próximos anos. Implantação gradual e testes a partir de 2026 A transição para o novo sistema será gradual. Em 2026, começará um período de testes em que as empresas deverão incluir nas notas fiscais os valores correspondentes aos novos tributos, mas sem efetivamente recolhê-los. O objetivo é avaliar a viabilidade do modelo e fazer ajustes necessários. A implementação completa está prevista para 2033, com revisões a cada cinco anos. A alíquota-padrão do IVA deve ficar em torno de 28%, mas o texto prevê que o governo adote medidas para reduzi-la a menos de 26,5% até 2030. A cobrança será igual para todos os produtos e serviços, com exceção de itens específicos que terão reduções ou isenções. Isenções e benefícios sociais A reforma traz medidas de justiça social, como a isenção de impostos para alimentos da cesta básica, incluindo arroz, feijão, leite e carnes. Produtos de saúde menstrual, como absorventes, também estarão isentos. Além disso, famílias de baixa renda (com renda per capita de até meio salário mínimo) terão direito ao cashback, um mecanismo de devolução de tributos pagos em serviços como energia elétrica, água, gás, internet e telefonia. O relator do PLP 68/2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), destacou que a reforma vai além da simplificação, promovendo justiça social e reduzindo a carga tributária ao longo do tempo. “Minha expectativa é de que a carga tributária brasileira caia, com a redução da sonegação e do contencioso jurídico, garantindo mais investimento, crescimento, emprego e renda”, afirmou. Imposto Seletivo e setores estratégicos A nova legislação também cria o Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e veículos. A cobrança será única e tem como objetivo desestimular o consumo desses itens. Setores estratégicos, como saúde, educação e segurança da informação, terão reduções de alíquotas que variam entre 30% e 70%. No entanto, o presidente da República vetou benefícios para alguns serviços financeiros, como seguros relacionados a roubo de dados e sistemas de segurança, alegando que não estavam previstos na Constituição. Vetos e ajustes Dos 28 vetos aplicados à lei, alguns geraram polêmica, como a exclusão de fundos patrimoniais e de investimentos da lista de não contribuintes. O governo justificou que esses setores não se enquadram nas hipóteses de isenção previstas na Constituição. Outro veto retirou benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), sob a alegação de que a região já não apresenta vantagem competitiva em relação ao restante do país. Comitê Gestor e próximos passos A lei cria um Comitê Gestor temporário para regulamentar o IBS até o fim de 2025. A expectativa é que o órgão garanta a implementação dos testes iniciais em 2026, enquanto o Projeto de Lei 108/2024, que estabelece o comitê permanente, ainda tramita no Congresso. A reforma tributária representa um marco na história econômica do Brasil, com potencial para simplificar o sistema, reduzir desigualdades e impulsionar o crescimento. No entanto, sua efetividade dependerá da capacidade de adaptação dos setores envolvidos e da fiscalização rigorosa para evitar distorções. Conclusão A sanção da Lei Complementar 214 marca o início de uma nova era na tributação brasileira. Com foco na simplificação, justiça fiscal e estímulo ao crescimento, a reforma promete transformar a relação entre contribuintes e o Fisco. A partir de 2026, os brasileiros começarão a sentir os impactos dessas mudanças, que devem se consolidar até 2033. Enquanto isso, o debate sobre os vetos e ajustes necessários continuará no Congresso, em busca de um sistema tributário mais eficiente e equilibrado.

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Venda de materiais de construção cresce 5% em 2024, com previsão de alta de 10% em 2025

O mercado de materiais de construção registrou um avanço significativo em 2024, com um crescimento de 5% nas vendas no comércio varejista entre janeiro e outubro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O dado reflete o aumento das pequenas obras e reformas no Brasil, impulsionado por fatores como a maior acessibilidade a financiamentos e o otimismo moderado no setor. No contexto mais amplo, a construção civil como um todo apresentou um crescimento de 4,1% no mesmo período, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O desempenho foi puxado principalmente por obras de infraestrutura, incorporações imobiliárias e projetos residenciais de pequeno porte. Expectativa de expansão em 2025 O cenário positivo de 2024 reforçou as expectativas para um desempenho ainda melhor em 2025. Empresas como o Grupo Soares, que opera com a rede de materiais de construção Irmãos Soares e a linha premium de acabamentos Essence, projetam um crescimento de 10% no próximo ano. Marcelo Camorim, presidente do Conselho de Administração do Grupo, destaca, entretanto, que a estratégia para 2025 será conduzida com cautela. “Vamos monitorar de perto os indicadores macroeconômicos, tanto internos quanto internacionais. Há uma previsão de que a taxa de juros alcance 15%, enquanto a inflação pode ultrapassar a meta de 3% ao ano estabelecida pelo Banco Central”, explica. Investimentos estratégicos Para sustentar seu crescimento, o Grupo Soares ampliou suas operações em 2024 ao firmar parcerias estratégicas com fundos de investimento, como o Bossa Invest, um dos principais players de venture capital do país. Além disso, a empresa lançou um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) focado em startups que complementam o setor de construção. “Nosso objetivo é fomentar a inovação no setor ao investir em startups com sinergia com nossas atividades. Em 2025, já planejamos adquirir algumas delas para integrar ao ecossistema do grupo”, afirmou Marcelo Camorim. Outro pilar do crescimento é a modernização das operações. Ricardo Sousa, diretor geral do Grupo Soares, revelou que a companhia investiu em 2024 em um amplo retrofit das lojas Irmãos Soares, além de atualizar plataformas de e-commerce. A meta para 2025 é triplicar as vendas on-line, oferecendo uma experiência de compra ainda mais eficiente e conectada aos consumidores. Novo centro de distribuição Uma das maiores apostas do Grupo para 2025 é a construção de um novo Centro de Distribuição (CD) em Goiânia, com obras previstas para início no primeiro trimestre. Com aproximadamente 6 mil metros quadrados, o espaço será projetado para otimizar a logística e agilizar entregas, atendendo com mais eficiência às demandas dos clientes. “Esse novo CD permitirá maior velocidade na movimentação de mercadorias, resultando em um atendimento mais rápido e eficiente”, pontua Sousa. Com uma base sólida construída em 2024 e investimentos estratégicos, o setor de materiais de construção caminha para um 2025 promissor, reafirmando seu papel como motor do desenvolvimento econômico no Brasil.

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Inflação e Juros Elevados Impõem Desafios à Construção Civil em 2025

A construção civil, já afetada pelas altas taxas de juros, enfrenta agora um novo obstáculo: a inflação no setor, impulsionada principalmente pelo aumento dos custos com mão de obra. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) registrou aceleração significativa em janeiro, subindo para 0,74% em comparação a 0,42% no mês anterior. Os custos com mão de obra foram os principais responsáveis pela elevação, com alta de 0,98%. Profissionais como pedreiros (1,16%), engenheiros (1,73%) e eletricistas (1,12%) puxaram o aumento, reflexo de um mercado de trabalho aquecido e da escassez de mão de obra qualificada. Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção do IBRE, destacou que o índice acumula alta de 6,72% nos últimos 12 meses. Segundo ela, essa pressão nos custos deve continuar ao longo de 2025, impulsionada pelos investimentos contratados em um mercado que registrou forte aquecimento em 2024. Além da mão de obra, os materiais de construção também apresentaram alta. Tubos de PVC, vergalhões e arames de aço ao carbono foram os destaques, contribuindo para um avanço de 0,64% nos custos de materiais e equipamentos. Impactos no SetorEmpresas que atuam no programa Minha Casa Minha Vida e incorporadoras em fases aceleradas de obras devem ser as mais afetadas. A combinação de inflação nos materiais e reajustes salariais gera preocupações sobre a sustentabilidade das margens de lucro, especialmente em projetos de habitação popular. O Itaú BBA já havia alertado para essa tendência em outubro de 2024, prevendo que o aquecimento da inflação do setor dificultaria a manutenção de custos controlados. Perspectivas e SoluçõesEnquanto o setor busca soluções para mitigar os impactos, como a adoção de tecnologias mais eficientes e melhorias nos processos de gestão, a expectativa é de que as pressões inflacionárias continuem. Com isso, a competitividade e o planejamento financeiro das empresas serão colocados à prova em um mercado que promete desafios crescentes.

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CBIC: 68 Anos de História e Contribuições ao Setor da Construção Civil

Hoje é um dia de celebração para todos nós que fazemos parte do setor da construção civil. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) completa 68 anos de uma história marcada por lutas, conquistas e contribuições essenciais para o desenvolvimento do Brasil. Desde a sua fundação,, a CBIC tem desempenhado um papel indispensável na construção de um setor mais forte, representativo e respeitado. Esses 68 anos de atuação são um reflexo da dedicação de todos que fizeram e fazem parte dessa jornada. A CBIC não é apenas uma entidade; ela é um símbolo de união e progresso para o setor, reunindo entidades estaduais e regionais de todo o país em prol de um objetivo comum: fortalecer a construção civil e seu impacto na economia e na vida dos brasileiros. Cada presidente que passou pela CBIC, o atual, Renato Correia, contribuiu significativamente para consolidar essa instituição como referência nacional e internacional. Eles trabalharam incansavelmente para que o setor da construção civil pudesse enfrentar desafios, inovar e se adaptar às mudanças constantes do mercado e da sociedade. A CBIC não mede esforços para promover melhorias em áreas estratégicas, como inovação tecnológica, sustentabilidade, capacitação de mão de obra e acesso a políticas públicas que beneficiem tanto as empresas quanto os trabalhadores. Essa atuação integrada e estratégica tem sido fundamental para o crescimento do setor e para a geração de empregos e oportunidades em todo o Brasil. Nós, da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), temos imenso orgulho de fazer parte dessa história e de poder caminhar lado a lado com uma instituição tão relevante. A CBIC nos inspira e motiva a continuar trabalhando com empenho e dedicação para superar desafios e criar soluções que transformem a construção civil em uma força ainda maior para o desenvolvimento do nosso país. Parabenizo a CBIC por esses 68 anos de história e conquistas. Que essa trajetória de sucesso continue por muitas décadas, sempre com a mesma força, resiliência e comprometimento que marcaram o passado e o presente dessa instituição. A luta continua, e com certeza, o futuro do setor será ainda mais promissor. Afonso AssadPresidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco)

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Inflação da construção civil fecha 2024 em 3,98%, diz IBGE

O aumento foi mais intenso do que o observado pelo mesmo indicador em 2023 A inflação da construção civil apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encerrou o ano passado em 3,98%, na ótica do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), veiculado nesta sexta-feira (10) pelo instituto. O aumento foi mais intenso do que o observado pelo mesmo indicador em 2023 (2,55%). No entanto, na evolução mensal, o Sinapi desacelerou de 0,24% para 0,21% entre novembro e dezembro do ano passado. Em dezembro de 2023, o indicador subiu 0,26%. Também na evolução mensal, o IBGE informou ainda que subiu o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.786,82 e, em dezembro, passou para R$ 1.790,66. Nesse último valor, referente a dezembro, R$ 1.034,95 foram relativos aos materiais, e R$ 755,71 à mão de obra. Ainda em dezembro, a parcela de variação de preços dos materiais apresentou variação de 0,33%, 0,08 ponto percentual (p.p.) a menos ante novembro (0,41%). Entretanto, a considerar o resultado de dezembro de 2023 (0,27%), houve alta de 0,06 ponto percentual, na inflação dos materiais, em dezembro de 2024. Por fim, a mão de obra teve alta de 0,06% em dezembro, 0,05 p.p. a mais em relação ao mês anterior (0,01%). Considerando o índice de dezembro de 2023 (0,24%), houve queda de 0,18 p.p.. Assim, em 2024, na construção, os acumulados de inflação apurados pelo IBGE foram de 3,32% para os materiais; e de 4,90% para a mão de obra. Em 2023, a parcela dos materiais fechou em 0,06% e a mão de obra, em 6,22%, informou ainda o instituto. “A diferença de 3,26 pontos percentuais entre as taxas acumuladas obtidas em 2023 e 2024 na parcela dos materiais teve influência muito forte das variações obtidas no segundo semestre de 2024, quando comparadas com taxas do mesmo período de 2023, que apresentaram em alguns meses deflação”, informou Augusto Oliveira, pesquisador do IBGE. “Já o acumulado da parcela da mão de obra ficou 1,32 p.p. menor do que a registrada no ano de 2023. Mas, com uma taxa de 4,90%, contribuiu para o resultado do acumulado do ano no agregado, que ficou 1,43 p.p. acima do registrado em 2023”, complementou o gerente.

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Indústria da Construção Encerra 2024 com Otimismo Moderado e Perspectivas de Crescimento para 2025

Os empresários da indústria da construção civil fecharam 2024 com boas expectativas para o novo ano, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento destaca um aumento em todos os indicadores de expectativa para os próximos meses, apesar de apontar desafios que podem impactar o setor em 2025. Crescimento nas Expectativas Em dezembro, os índices de expectativa do setor registraram crescimento generalizado. O nível de atividade subiu 1,8 ponto, atingindo 53,8 pontos, enquanto o indicador de novos empreendimentos e serviços avançou 2,1 pontos, chegando à mesma marca. Já o índice relacionado ao número de empregados teve um acréscimo de 0,5 ponto, alcançando 52,5 pontos. A expectativa de compras de insumos e matérias-primas também apresentou leve crescimento, com 51,4 pontos após um aumento de 0,3 ponto. Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, avaliou o cenário com otimismo, mas também alertou para os possíveis obstáculos. “Encerramos 2024 com expectativas positivas, mas é importante destacar a cautela devido a fatores como a taxa de juros e a elevação dos custos, que já preocupam os empresários e podem influenciar a atividade do setor em 2025”, pontuou. Intenção de Investimento e Confiança O índice de intenção de investimento variou apenas 0,1 ponto entre novembro e dezembro, ficando em 45,9 pontos. Ainda assim, o indicador segue 8,1 pontos acima da média histórica, que é de 37,8 pontos. Por outro lado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção recuou de 53,8 para 51 pontos em dezembro, revelando um otimismo mais contido. Segundo a CNI, a queda ocorreu em todos os segmentos e reflete a percepção menos favorável dos empresários tanto em relação às condições atuais quanto às expectativas para o futuro. Resultados Acima da Média Em termos de atividade, o índice de evolução do nível de atividade da construção alcançou 49,7 pontos em novembro, superando a média histórica para o mês em 2,8 pontos. A percepção sobre o emprego também se manteve acima da média histórica, com 47,8 pontos em novembro, 2,5 pontos acima do habitual. Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) registrou queda, passando de 70% para 67% entre outubro e novembro. No entanto, o patamar segue elevado, três pontos percentuais acima da média histórica para o período. Perspectivas para 2025 Embora os números indiquem um cenário promissor para o início de 2025, o setor deve permanecer atento aos fatores econômicos que podem influenciar o ritmo de crescimento. Com custos elevados e juros altos ainda no horizonte, a capacidade de adaptação será crucial para manter o ímpeto positivo alcançado em 2024. A indústria da construção inicia o ano com avanços significativos, mas com um equilíbrio entre otimismo e cautela. O foco agora estará em superar os desafios para garantir a continuidade do crescimento.

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Construção civil registra crescimento de 4,1% em 2024 e projeta nova alta para 2025

O setor da construção civil encerra 2024 com um crescimento de 4,1%, segundo o relatório Desempenho da Construção Civil em 2024 e Perspectivas para 2025, divulgado nesta segunda-feira (16) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A expectativa para 2025 é de uma expansão mais moderada, com alta de 2,3%, conforme previsões iniciais. O avanço do setor reflete o impacto de diversos fatores, como o reaquecimento do mercado imobiliário impulsionado pela retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida, além do dinamismo do mercado de trabalho, maior estabilidade econômica e obras relacionadas ao ano eleitoral. “A performance da construção civil em 2024 também foi evidenciada no aumento das vendas de cimento, que atingiram 64,5 milhões de toneladas no mercado interno entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, um crescimento de 4% em relação ao mesmo período anterior”, destacou Ieda Vasconcelos, economista da CBIC. Renato Correia, presidente da CBIC, ressaltou a relevância do setor para a economia como um todo: “Quando a construção cresce, há reflexos em toda a cadeia produtiva. Setores como o de aço, louças, tintas, portas, esquadrias e vidros são diretamente impulsionados, gerando maior dinamismo econômico.” Geração de empregos e aumento salarial A construção civil também apresentou resultados expressivos no mercado de trabalho. De janeiro a outubro de 2024, foram criadas mais de 230 mil vagas formais, sendo 52% destinadas a jovens entre 18 e 29 anos. Com isso, o setor alcançou 2,98 milhões de trabalhadores com carteira assinada, retomando o patamar de 2014. Outro destaque foi o salário médio de admissão, que alcançou R$ 2.335,69 em outubro, superando a média nacional de R$ 2.153,18. “Isso demonstra que, além de empregar significativamente, o setor oferece remunerações competitivas em relação a outros segmentos”, pontuou Ieda Vasconcelos. Mercado imobiliário aquecido O segmento imobiliário acompanhou o bom desempenho do setor, registrando um aumento de 20% nas vendas de apartamentos novos entre janeiro e setembro, totalizando 292.557 unidades comercializadas. Os lançamentos também cresceram 17,3% no período. Os financiamentos imobiliários foram outro fator de destaque, com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) financiando 516.207 unidades nos primeiros dez meses de 2024, uma alta de 28,1%. Esse movimento gerou R$ 107,3 bilhões em operações, representando um aumento de 37,8% em relação a 2023. Perspectivas para 2025 Embora a expectativa de crescimento para 2025 seja mais modesta, o setor mantém otimismo. A continuidade de projetos estruturais e a demanda por novas obras devem sustentar o desempenho positivo, consolidando a construção civil como um dos pilares da economia brasileira. Com geração de empregos, aumento salarial e dinamismo no mercado imobiliário, o setor reafirma seu papel estratégico no desenvolvimento do país.

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Construção Civil: Preços têm alta moderada de 0,24% em novembro, aponta IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), registrou variação de 0,24% em novembro, uma desaceleração em relação a outubro, quando a alta foi de 0,53%. Esse recuo reflete a queda nos custos dos materiais e a estabilidade no segmento da mão de obra. O custo nacional da construção por metro quadrado aumentou ligeiramente, passando de R$ 1.782,51 em outubro para R$ 1.786,82 em novembro. Desse total, R$ 1.031,57 correspondem aos materiais e R$ 755,25 à mão de obra. Segundo Augusto Oliveira, gerente da pesquisa, “a parcela dos materiais registrou uma queda significativa na taxa de novembro, que, mesmo assim, figura entre as quatro maiores do ano”. Acumulado anual e variações regionais De janeiro a novembro de 2024, os materiais acumulam uma alta de 2,98%, enquanto a mão de obra apresenta um aumento mais expressivo, de 4,83%. No acumulado de 12 meses, esses números foram de 3,25% e 5,09%, respectivamente. Entre as regiões, o Sudeste liderou com a maior variação mensal (0,30%), impulsionada pela alta nos preços dos materiais em todos os estados. Na sequência, estão as regiões Sul (0,26%), Nordeste (0,22%), Norte (0,16%) e Centro-Oeste (0,10%). No Espírito Santo, os materiais apresentaram a maior alta estadual, com variação de 0,68%. Sobre o SINAPI Criado em 1969, o SINAPI tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre custos e índices da construção civil em todo o Brasil. Esses dados são fundamentais para a elaboração de orçamentos e o acompanhamento das variações de preços no setor. A desaceleração observada em novembro indica um cenário mais estável para o setor, embora o acumulado do ano ainda demonstre desafios no controle dos custos. A tendência será acompanhada de perto, especialmente com o início de novos contratos e projetos em 2025.

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Aceleração dos Custos na Construção Civil em 2024 Reforça Desafios para o Setor

O setor da construção civil enfrenta um cenário de custos crescentes em 2024, destacando desafios que pressionam empresas e impactam a competitividade do mercado. Durante o Summit Imobiliário 2024, especialistas apontaram fatores críticos como o aumento dos preços de mão de obra e materiais, além de questões estruturais que exigem soluções de longo prazo. Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acumulou 5,99% nos 12 meses até outubro, com previsão de atingir 6,08% em novembro. Esse crescimento contrasta com os 3,26% registrados no mesmo período de 2023. “A alta de quase 8% na mão de obra, combinada com a elevação dos custos dos materiais, impulsiona o aumento geral, diferentemente do ano passado, quando os materiais mostraram estabilidade”, destacou Ana Maria. A economista-chefe da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, reforçou o impacto dos custos elevados. “Desde janeiro de 2020, o INCC subiu mais de 40%, enquanto a inflação geral foi de cerca de 32% no mesmo período. Agora, os custos ultrapassam a inflação projetada para 2024, que gira em torno de 4,4%,” explicou. Escassez de Mão de Obra: Um Problema Conjuntural e Estrutural A escassez de mão de obra qualificada e não qualificada é outro grande obstáculo para o setor. Com a taxa de desemprego em baixa e o mercado de trabalho aquecido, a dificuldade de contratação tem se intensificado, afetando especialmente a construção civil. “O envelhecimento populacional e a falta de atratividade para os jovens tornam o desafio ainda maior. Apesar de a maioria dos novos empregados no setor terem até 29 anos, muitos deixam a área rapidamente,” observou Ieda. Ana Maria Castelo apontou que a modernização e a produtividade são caminhos essenciais para enfrentar essa crise. “O setor precisa de uma mudança sistêmica nos processos, investindo na industrialização e na modernização das práticas para superar as limitações estruturais,” afirmou. Mulheres na Construção: Um Potencial Inexplorado Uma alternativa promissora é aumentar a participação feminina no setor. Atualmente, as mulheres representam apenas 12% da força de trabalho formal na construção civil em São Paulo, segundo dados do Ministério do Trabalho. Para Ana Maria, a inclusão feminina está intimamente ligada à modernização do setor. “Há um grande potencial de crescimento ao atrair mulheres para a construção civil. Isso não apenas amplia a força de trabalho, mas também fortalece o foco em produtividade e inovação,” concluiu. Com custos crescentes e desafios estruturais, o setor da construção civil precisa buscar soluções integradas que combinem tecnologia, qualificação de mão de obra e inclusão para garantir sua sustentabilidade no futuro.

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Desafios para construção civil e indústria de locação

Após quase quatro décadas de debates, o Brasil finalmente avança em direção à implementação da reforma tributária, prevista para ocorrer entre 2026 e 2033. Trata-se de um marco histórico, com o objetivo de modernizar, simplificar e tornar mais transparente o complexo sistema fiscal do país. A promessa é de benefícios significativos, como a redução da quantidade de tributos, a unificação de impostos e a facilitação das obrigações fiscais para empresas, fomentando investimentos e dinamizando a economia. Além da simplificação, outro ponto central da reforma é permitir que a população compreenda claramente quanto paga de impostos, promovendo maior conscientização e controle social. Contudo, apesar das perspectivas otimistas, as mudanças geram preocupações em setores como a construção civil e a indústria de locações, que podem enfrentar desafios substanciais. Impacto na Construção Civil e Locações Estudos realizados pelo Banco Itaú indicam que a reforma pode acarretar um aumento significativo na carga tributária para esses setores, com elevações de até oito pontos percentuais na proporção da receita. Em alguns casos, isso pode triplicar os valores cobrados atualmente. O resultado provável é o encarecimento dos serviços, que deve refletir no preço final de imóveis e locações, penalizando tanto os empresários quanto os consumidores. Em audiência pública recente no Senado Federal, especialistas destacaram que o impacto sobre a construção civil pode ser ainda mais severo, com um aumento considerável nos custos habitacionais. Esse cenário coloca em xeque a acessibilidade da casa própria para muitas famílias e pressiona toda a cadeia produtiva do setor. Os Desafios da Reforma Apesar das críticas, a reforma tributária busca solucionar um sistema que, há anos, tem sido um entrave ao desenvolvimento econômico. A complexidade do modelo atual não apenas aumenta os custos operacionais das empresas, mas também compromete a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Atualmente, o Brasil se destaca negativamente por ter uma estrutura fiscal fragmentada e confusa, com múltiplos tributos incidentes sobre o consumo, como ICMS, ISS, IPI, PIS/Pasep e Cofins. Em contraste, a maioria dos países adota o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), mais simples e uniforme. A descentralização das normas tributárias entre estados e municípios brasileiros adiciona mais camadas de complexidade, dificultando o planejamento e os investimentos. Equilíbrio Necessário Para que a reforma cumpra sua promessa de impulsionar o crescimento econômico e melhorar a competitividade do Brasil, ajustes são indispensáveis. É fundamental garantir que as mudanças não resultem em aumento de impostos para setores que já enfrentam uma carga tributária elevada e uma conjuntura desafiadora. Um sistema tributário mais simples, além de reduzir custos e burocracia, pode abrir caminho para um ciclo virtuoso de investimentos, geração de empregos e maior qualidade de produtos e serviços para a população. Contudo, o equilíbrio será a chave para evitar que setores estratégicos, como a construção civil, sejam desproporcionalmente onerados. Enquanto o debate avança, a esperança é que o texto final da reforma leve em consideração as particularidades de cada setor, equilibrando progresso e sustentabilidade econômica. Afinal, uma reforma que moderniza sem sobrecarregar pode ser a alavanca que o Brasil precisa para avançar no cenário global.

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